O ABORTO e Suas Consequências
Marco Tulio Michalick
mtmichalick@uol.com.br
O aborto é o crime mais cruel que se pode cometer, pois você está tirando a vida de um ser humano sem direito de defesa. É um crime bárbaro. Vocês não imaginam a dor que esse Espírito reencarnante sente nesse momento tão doloroso. No momento do aborto, ele perde a oportunidade de voltar a reencarnar e, dessa forma, poder se redimir de erros do passado, aproveitar a oportunidade de evolução concedida pela misericórdia divina. Por isso, ocorre ao reencarnante o desequilíbrio pela rejeição, pois muitos necessitam voltar com aquela família em específico para resgatar débitos do passado.
O processo da reencarnação é traçado pelo Departamento da Reencarnação, onde é preparado o mapa da vida do reencarnante. O encontro com os futuros pais nos sonhos é essencial para o conhecimento da tarefa de cada um, muitas vezes, amigos de outras vidas ou desafetos, que devem aproveitar a oportunidade para repararem seus erros.
Como temos o livre arbítrio, cabe aos pais a decisão de abortar ou não. Antes do ato propriamente dito, há um trabalho todo especial feito pelos socorristas com o intuito de evitar o crime, porém a decisão final é do encarnado.
No momento do aborto, o Espírito abortado sofre muito. No livro Deixe-me Viver, Luiz Sérgio descreve: "mas o feto urrava de ódio. Logo presenciamos sua transformação, que se operou parcialmente de uma frágil criança para um homem já idoso. Os médicos aguardavam, mas ele mal podia sustentar a cabeça de homem no corpo de um feto de cinco meses". Após o aborto, esse Espírito precisa de tratamento, passando por algumas cirurgias perispirituais e tratamento psicológico, pois sua casa mental não esquece os momentos cruéis de seu assassinato. Esse tratamento é lento, pois não é fácil conscientizar ao abortado de que o aborto é um ato físico e o Espírito não deve ficar lembrando dos fatos tristes que passou. Em tratamento no Mundo Espiritual, encontra-se metade bebê, metade adulto. Revoltados, uns choram, outros gritam palavrões, todos com muito ódio e rancor.
Mas nem todos os abortados aceitam a ajuda dos socorristas e passam a obsediar os pais, os médicos e todos aqueles que, de uma forma ou de outra, tiveram ligação com o aborto. Esses passam a ser obsediados tanto no Mundo Material quanto no Espiritual. Os abortados "colam-se aos seus assassinos para cobrar deles o direito de viver. Na obsessão, os corpos saem do nível e os abortados buscam as rodas energéticas (chacras), alimentando-se através delas. O Espírito encarnado vai perdendo as forças, ficando a mercê dos vampiros".
Existem o "Vale da Revolta" e o "Vale do Aborto", para os quais diversos Espíritos são atraídos pela vibração perispiritual. Não conseguimos calcular o horror deste lugar, onde vários Espíritos são escravizados por outros mais fortes. Vamos descrever uma passagem do livro Deixe-me Viver: "envolto por dez Espíritos obsessores, vimos um aborteiro, que chamarei de Célio. Tentamos ajudá-lo, mas sua forma, que não podemos dizer humana, tal a deformação perispiritual, toda gelatinosa, arrastava-se pelo solo negro e viscoso, movendo-se com dificuldade, ainda mais por carregar junto a si seus verdugos, também muitos deles ainda na forma fetal, no ponto da interrupção da gravidez. Em Célio só havia a fisionomia sofredora, o resto do seu corpo não mais possuía forma humana. Destacava-se nele o semblante sofredor. Mais parecia um verme, lutando para se livrar dos seus verdugos, que lhe sugavam sem piedade. Célio me pareceu um enorme feto, tendo a cabeça humana deformada e, colado nele, as suas vítimas. Assim como Célio, ali estavam vários outros aborteiros que contribuíram não só para retardar o plano de Deus para a reencarnação, como também prejudicaram seus próprios corpos".
Mesmo nesses lugares, há um hospital para ajudar estes Espíritos. "a aura espiritual é que capta a luz do mais alto e uma mente ligada ao ódio não se alimenta de luz, e sim, de vibrações baixas". Neste momento, eles serão socorridos.
Na maioria das vezes, as pessoas que vão abortar pensam que esse ato é rápido e sem dor para o feto. A realidade é outra. É muito doloroso para o abortado e os meios usados pelos médicos são desumanos. Talvez se a pessoa tivesse essa informação antes, pensaria duas vezes ou mais antes de cometer esse crime.
Extraímos do livro Os Fatos da Vida, de Brian Clowes, alguns destes métodos utilizados pelos aborteiros. Segundo o autor, "dependendo da idade de gestação do nascituro e da condição física da mãe, o aborteiro tem uma variedade de métodos de aborto em seu arsenal".
Abortos prematuros (os do primeiro trimestre) são feitos geralmente por dilatação e curetagem (D&C) ou sucção. Os aborteiros usam métodos mais complexos para matar bebês nascituros no segundo e terceiro trimestres. Estes incluem dilatação e evacuação (D&E), solução salina, dilatação e extração (D&X), prostaglandina, histerotomia, e abortos com injeção intercardíaca.
No aborto por sucção, um poderoso aspirador é usado para sugar desmembrado o bebê em desenvolvimento, junto com sua placenta. O abortista ou seu assistente junta ou checa as partes do corpo do bebê para se certificar de que o aborto foi completo. No aborto por dilatação e evacuação, o abortista utiliza um grande fórceps para esmagar o bebê dentro do útero da mãe e removê-lo aos pedaços. Já no aborto salino, uma solução concentrada de sal é injetada no útero da mãe. O bebê aspira e engole esse veneno. O sal não só causa extrema dor como queima a pele do bebê.
A perversidade maior acontece no aborto por dilatação e extração, por ser feito "com vinte semanas de gravidez e, além disso, ser difícil, devido à rigidez dos tecidos fetais nesse estágio de desenvolvimento. (...) O abortista usa fórceps para girar uma das pernas do bebê e puxar através do canal de nascimento. Depois, perfura a parte posterior da cabeça com uma tesoura bem afiada e abre as lâminas, rasgando o tecido e fazendo um grande buraco na parte mole do pescoço do bebê. Finalmente, aspira o cérebro do bebê e completa o parto em poucos segundos".
Diz ainda Brian Clowes que "há dois métodos comuns para se desfazer dos corpos dos bebês abortados durante o primeiro trimestre da gravidez: jogar fora pela lixeira ou pelo 'Insinkerator' [um triturador que se instala embaixo de pias] ou desfazer deles como resíduos biológicos num saco de plástico especial. Bebês abortados de tamanho maior são vendidos com freqüência, para fins de pesquisas".
No livro Aborto à Luz do Espiritismo, de Eliseu Florentino da Mota Jr., colhemos as seguintes informações sobre o aborto eugênico ou eugenésico: "é aquele praticado para evitar o nascimento de criança portadora de anomalia física ou psíquica (...) quando há sério risco de predisposição hereditária, seja por doenças da mãe durante a gravidez, seja ainda por efeito de drogas por ela tomadas durante esse período, tudo podendo acarretar para aquelas enfermidades psíquicas, corporais, deformidades etc. Diante desse quadro, em nosso modo de entender, se a gestante de um filho portador de anomalia física e/ou psíquica não alcançar esses avançados progressos da medicina fetal ou se, mesmo tendo alcançado, a criança nascer portando deficiências, esta evidente que estamos diante de débitos progressos".
Devemos deixar claro que a mãe se exime de culta quanto ao aborto espontâneo, que acontece naturalmente, ou seja, não foi provocado por ninguém. Quanto ao aborto sentimental ou moral, que se refere ao estupro, sabemos da dificuldade da mulher em enfrentar essa violência brutal, mas tirar o filho daquele que lhe cometeu o estupro não é o caminho correto. Não se deve consertar um erro com outro. Deus não permitiria que isso acontecesse se ela não tivesse débitos pregressos vinculados a violência sexual. O filho vindo nessas circunstâncias pode ser um amigo de outras reencarnações e ambos podem ter alguns resgates para efetuarem em conjunto.
Existem inúmeros tipos de aborto. Comentamos alguns para que o leitor tenha ciência sobre como é praticado e o grau de conseqüência perante as leis divinas, bem como a situação do abortado após o crime propriamente dito. Talvez essa leitura possa deixá-lo perplexo, mas a situação é gravíssima. O Brasil é um dos países campeões em abortos. Calcula-se que 60 milhões de abortos, entre legais e clandestinos, sejam praticados em todo o mundo anualmente. As estatísticas acima mencionadas levam à conclusão de que quase 3.000 mulheres morrem a cada ano devido ao aborto ilegal.
O estudo de David Readon mostrou que, em 1994, as mulheres que abortam tinham um agrupamento de sintomas psicológicos que ocorrem com muito mais freqüência do que entre as mulheres que não abortam. Esses sintomas incluem perturbações mentais ou flashbacks (63%); tentativas de suicídio (28%); crises histéricas (51%); perda de autoconfiança e da auto-estima (82%); irregulares nos hábitos de comer, tais como anorexia ou bulimia (39%); uso ilegal de drogas (41%); e perda do prazer durante a relação sexual (59%).
Não há nenhuma dúvida de que a maioria das mulheres que fizeram aborto sente-se envergonhada de suas decisões e acreditam que devem manter seus segredos para si próprias.
As pessoas devem pensar sobre cada palavra que foi escrita e analisar se vale à pena praticar o aborto, se vale à pena penalizar um Espírito reencarnante a essas torturas e, posteriormente, prejudicar a si próprio ao contrair débitos muitas vezes incalculáveis. Eu já ouvi depoimentos de mulheres que declararam a vontade de abortar, mas que, quando mudaram de idéia e resolveram ter o filho, disseram que ele era tudo de mais sagrado que tinham, sentiam-se felizes em não terem abortado.
Aquelas que já abortaram, procurem redimir desse erro. Como? A caridade cobre uma multidão de pecados (Pedro 4:8). Dedique-se à criança abandonada, atenda ao berço da criança pobre. Se puder ainda gerar, aproveite, pois talvez aquele que foi abortado volte para uma nova tentativa de reencarnar. Se não há mais possibilidades de gerar, existe a alternativa da adoção. Outra maneira é visitar orfanatos, confeccionar roupas para os pequeninos, comprar cobertores, que com certeza isentarão eles do frio que provavelmente passariam. Enfim, nunca é tarde para amar!

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